Jo 15.4a

 No texto encontramos uma realidade de nossa vida em relação ao nosso comportamento para com Deus.  O Senhor Jesus deixa claro aos estudiosos da sua palavra que existem algumas diferenças entre o conhecer, admirar, venerar e saber sobre Deus.

 Primeiro temos que analisar de uma ótica mais humana que quando somos interpelados sobre Deus, dizemos que somos conhecedores, que amamos, que respeitamos, etc. Mas Jesus faz entender nesta parábola que precisamos muito mais que uma visão humana de Deus. O que precisamos é estar em Jesus para ter ramificações em Deus.

 Para uma vida ligada em Jesus e estar diariamente e em todos os segundos da nossa vida é preciso que tomamos uma decisão muito profunda, pois o jovem rico quando Jesus interpela-o sobre o seu conhecimento das sagradas escritura ele pode se gabar que desde seus dias mais tenros havia aprendido e obedecido os mandamentos. Jesus não quer que somente conheçamos, mas ele deseja que sejamos praticantes. O jovem após Jesus orientá-lo sobre o que deveria fazer em relação ao que possuía retirou-se triste porque há diferença em conhecer e viver. Quero dizer que para estar em Cristo precisamos deixar ou nos desprender de alguma coisa que talvez, julgamos ser mais valiosas que a comunhão diária com o Senhor. A casa, carro, imóveis  e dinheiro devem ser coisas que não afetem nossa comunhão com o Senhor, mas se preciso for deixar tudo para estar com Ele devemos deixar. Pois que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua própria vida?  Mais vale não ter nada e estar em Cristo ou ter tudo como se não tivesse nada. O Apostolo Paulo sabia viver tendo tudo e também não tendo nada, mas nada disto tirava o foco de sua fé e convicção de sua vida com Deus.

 Quando desejamos viver inteiramente para o Senhor Jesus temos uma batalha que pelas nossas próprias forças não vencemos, mas a graça do Senhor Jesus Cristo nos leva a olhar com os olhos espirituais e contemplar não as riquezas terrenas, mas as espirituais. Não as glórias passageiras, mas, a glória duradoura, não o sentimento e bem estar de ter, mas, a certeza de ser. O Jovem rico não soube perder neste mundo para ganhar na eternidade porque o seu mundo era somente aqui, a sua felicidade estava somente no que possuía, no que lhe trazia satisfação e para ele isso tudo não poderia ser trocado. Mas Deus nos fará abundar em muito mais do que temos ou desejamos quando aprendemos que tudo aqui é passageiro e em Cristo tudo é duradouro.

 Estai em mim... Foi a recomendação do amado mestre. Quem precisa tomar a decisão é o homem. Pois Jesus jamais irá arrombar o coração do homem para fazer morada. Vemos alguns exemplos nas sagradas escrituras que para Jesus agir foi preciso o homem fazer sua parte em primeiro lugar: a viúva de Sarepta. Só houve o milagre da multiplicação do azeite após ela enviar seus filhos nas casas dos vizinhos para emprestar vasos. Se não tivesse vasos o azeite não teria sido multiplicado. Lázaro ressuscitou após alguém remover a pedra. Jesus multiplicou os pães e os peixinhos porque um menino tinha e resolveu doar para o mestre alimentar toda a multidão. Se o menino fosse egoísta não teria acontecido a multiplicação, creio que Jesus teria feito de outra forma mas multiplicação não.  

 Estar em Cristo é viver uma vida de forma que passamos a ter as expressões, o falar, o pensar, o andar, o agir, o sentir de Cristo ao ponto das pessoas olharem para nós e ver Cristo em nossa vida. Tornamo-nos semelhantes a Ele.  O apostolo Paulo esforçou-se de tal forma que pode um dia exclamar: Não mais vivo eu, mas, Cristo vive em mim. Oh glórias a Deus! Assim como Paulo pode viver esta vida estando em Cristo também nós neste século presente podemos viver de tal forma que agrademos a Cristo e sintamos sua presença em nossa vida em todos os momentos.

 Quero lembrar um versículo muito importante para a nossa vida em Cristo que Ele mesmo disse que “quem não deixar pai e mão por amor ao meu nome não é digno de mim”. Então a renuncia deve fazer parte da nossa decisão.

 Muitos seguiram Jesus quando Ele passou nesta terra. Mas poucos foram seus seguidores. Muitos viram os milagres, mas, poucos foram os curados, muitos beberam da água da fonte de Siloé, mas somente a Samaritana bebeu da água da vida naquele momento. Assim hoje, acontece o mesmo. Muitos conhecem, mas, poucos os que seguem, muitos doentes, poucos curados, muitos com sede, poucos bebem a água da vida, muitos pecadores e poucos salvos.

 Precisamos esforçar-nos para viver em Cristo e não perder o tempo neste mundo com um conhecimento superficial  dEle mas, viver na sua intimidade de tal forma que possamos experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para a nossa vida. Aproveita hoje e viva em Cristo Jesus para uma vida abençoada.

 Pr. Moisés Rodrigues Cavalheiro

 28/06/2012