Imaginemos o alvoroço que aconteceu quando Jesus e seus discípulos chegaram ás terras de Genesaré. Quando Jesus entrava em cidades, em aldeias e no campo os moradores traziam os enfermos nas praças e rogavam que pudessem pelo menos tocar nas orlas de suas vestes para serem curados. E todos os que tocavam eram curados.
Jesus procurou em seu ministério priorizar a atenção ao ser humano. Dando saúde aos enfermos, paz aos angustiados, esperança aos desesperados e trazer a iluminação da verdade ao qual o homem precisava encontrar para sua vida. Atendendo esta situação humana muitas vezes foi preciso que Ele fosse ríspido e usasse de autoridade em suas respostas para que entendessem a realidade das suas vidas.
No capitulo 7 do evangelho de Marcos vemos Jesus rodeado não por pessoas necessitadas fisicamente, mas pessoas que estavam ansiosas espiritualmente e intelectualmente para conhecer e entender o que Jesus estava ensinando. Os Fariseus que eram os partidários da mais importante escola judaica, de caráter religioso. Cento e cinqüenta anos antes do nascimento de Jesus já existiam os fariseus. Diferenciavam-se dos demais judeus pelo rigoroso apego ao cumprimento dos rituais, no exercício de uma religiosidade apenas exterior. Criam que esmolas, jejuns e confissões - além de outras práticas - eram suficientes para obterem o perdão dos seus pecados. Foram severamente repreendidos por Jesus, que os chamou de "hipócritas", "insensatos", "condutores de cegos", "sepulcros caiados", "serpentes", e "raça de víboras". (Mt 23.1-39). Os Escribas que eram doutores da lei entre os Judeus. Observaram a maneira que alguns dos discípulos de Jesus comiam e outras praticas que feriam os costumes e tradições que haviam aprendido com seus antepassados. E isto levou a discutirem com Jesus, pois, eles estavam enraizados em suas tradições e aquilo era muito mal quebrar as regras que por muitos e muitos anos todos praticavam e tinham como regras de vivência. Jesus utiliza as palavras do profeta Isaias que disse: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.
Gente! Precisamos quebrar as tradições que nos prendem ao ritualismo que recebemos por herança de nossos antepassados e que biblicamente falando não tem respaldo algum tanto para a salvação como para uma vida bem regrada em nossa sociedade. As quebras destes paradigmas muitas vezes causam rupturas que precisam ser reparadas com o passar dos tempos, pois se ficarmos pesarosos ou receosos com o que rompemos estamos invalidando o mandamento de Deus em troca de nossas tradições.
Jesus enfatizou neste texto várias vezes que com isso os Fariseus e Escribas estavam invalidando a palavra de Deus pelas tradições. Nós precisamos fazer assim como os Fariseus e os Escribas. Rodear o Senhor e ter uma conversa franca sobre as nossas dúvidas e nosso comportamento para ver se assim estamos indo a favor do Senhor ou estamos na direção oposta. Sabemos que os Fariseus e Escribas tinham a intenção de se oporem contra tudo o que Jesus ensinava ou aquilo que ele fazia, mas Jesus faz com que eles pudessem ouvir a verdade sobre a realidade de um viver para Deus não através daquilo que o homem achava que deveria ser o certo, mas sim, o que a palavra diz o correto.
Jesus ensinou que não era o aparente ou a aparência que poderia prejudicar a existência do homem, mas sim o que saia do dele, isso sim iria contaminar. Pois é do coração que saem os maus pensamentos, intenções e toda a prática do mal.
Procuremos a cada dia estar ao redor de Jesus e tocar em suas vestes para viver não somente um dia de extrema felicidade e conhecimento, mas, viver todos os dias de nossa vida em “conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor” sem esquecer que Ele prioriza que o homem viva de uma forma agradável e inteiramente na sua presença.
Jesus quer manter um relacionamento duradouro com cada um de nós para chegarmos à estatura de varão perfeito através da praticidade de sua palavra em nossa vida.
Pr Moisés Rodrigues Cavalheiro
25/06/2012